A obra Uma Trama Divina, de Antonio Spadaro, começa com o estrondo da pergunta: «Quem dizeis que eu sou?» É uma questão que tem impacto imediato no leitor e que o leva à voz do próprio Jesus. O espanto continua à medida que vamos entrando no prefácio escrito pelo Papa Francisco, que nos desperta para a leitura deste livro e que alerta para a importância do mesmo. Sua Santidade lembra-nos que Jesus era um inadaptado. Alguém que não reunia consensos e que veio desinstalar tudo e todos. É através da Sua história que vamos, também, escrevendo a nossa. Esta nossa história de sermos Seus seguidores leva-nos a compreender as diferentes perspectivas daqueles que se foram cruzando com Jesus e dos juízos que, tantas vezes erradamente, lhe foram atribuindo. É sobre os fios que enredam a história de Cristo que Spadaro escreve nesta obra.
Na introdução, da sua autoria, somos automaticamente arrebatados pela linguagem segura, límpida e coesa que pauta a sua escrita. Logo nos alerta, como leitores, que quando estamos apaixonados por uma personagem (de um livro, de um filme) envolvemo-nos na sua história. E é precisamente isso que acontece connosco e com Jesus. A Sua história não existiria se não houvesse alguém para a ler e para lhe dar vida. Esse alguém somos todos nós, cristãos.
Assim, Uma Trama Divina é uma obra que pretende acompanhar o percurso de Jesus até à actualidade mais ou menos recente através das perspectivas bíblica e literária analisando as diferentes imagens de Jesus nessas áreas representadas. São páginas repletas de episódios que fogem a meros relatos biográficos, mas que se encontram com o entendimento histórico de tantas figuras relevantes como os discípulos ou até mesmo escritores e artistas de renome na esfera contemporânea.
À medida que avançamos na leitura somos guiados por diferentes imperativos como «abre-te» ou «tomai» que nos remetem para os tempos em que Jesus viveu; caminhamos pelas histórias de cura que protagonizou, pelas tempestades que acalmou, pelo espanto que provocou, pelo pão que multiplicou e repartiu. É quase como se fosse a primeira vez que vemos cada um destes episódios, tal é a força e a revelação inerente às palavras do autor.
O livro termina com o episódio da ressurreição. Em que Maria Madalena não vê Jesus ressuscitado imediatamente, mas «sente-o». É com esta esperança de uma vida sempre nova que o autor conclui esta incrível viagem que, com ele, fizemos. Spadaro encerra com uma frase arrebatadora sobre os discípulos perante a ressurreição de Jesus: «Não estavam preparados para a fé.» Estaremos nós?
Título: Uma Trama Divina – Jesus em Contracampo
Autor: Antonio Spadaro
Editora: Paulinas
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Esta obra, do filósofo francês Jean-François Braustein, esclarece a origem, motivação e finalidade do movimento woke. Esta ideologia, que começou como «excentricidade académica» nas universidades americanas», está agora a «desconstruir» todo o património cultural e científico e a marcar a agenda mediática.
Título: A Religião Woke
Autor: Jean-François Braustein
Editora: Guerra & Paz
www.guerraepaz.pt | Tel. 213 144 488
O padre Fabio Rosini, sacerdote da diocese de Roma, mostra nesta obra que não é fácil, mas é sempre possível recomeçar. Tomando como referência o texto bíblico da criação do mundo e do ser humano, relatada nos capítulos iniciais do Génesis, o autor reflecte sobre a base e os cernes fundamentais da vida espiritual.
Título: A Arte de Recomeçar
Autor: Fabio Rosini
Editora: Apostolado da Oração
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