A ilha de Ataúro, Timor-Leste, a cerca de 25 quilómetros da capital timorense, Díli, é habitada por cerca de dez mil pessoas. É uma população empobrecida, a quem faltam bens tão básicos como água potável canalizada, saneamento, electricidade, escolas e cuidados de saúde.
Outra característica – que também afecta mais as mulheres e as meninas de Ataúro – é o vincado sistema patriarcal. Elas sofrem de sobrecarga de trabalho. Os homens exigem-lhes o pequeno-almoço pronto, o almoço e o jantar à sua espera quando chegam a casa, a roupa lavada e os filhos tratados. E isso apesar de elas passarem horas na horta ou de terem de andar quilómetros para ir buscar lenha e água.