Milhares cruzam à pressa as estradas do México para chegar a tempo do sonho americano. Vêm dos lugares mais desprovidos, empurrados pela desilusão e dispostos a tudo para conseguir chegar aos Estados Unidos até ao dia 20 de Janeiro, porque depois é tarde: Donald Trump regressa nesse dia à Casa Branca.
O colombiano Richard Mujica queixou-se à EFE que se sentiu «à deriva» quando soube do resultado das presidenciais norte-americanas. Estava em Tapachula, Chiapas, a 3200 quilómetros do destino, quando soube que o republicano ganhara. Mas vai continuar. Ainda que, uma vez lá dentro, por algum golpe de sorte, seja recambiado pelo novo homem-forte do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês), Tom Homan, nome que não deixou saudades do primeiro mandato do líder regressado.