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17 janeiro 2025

Fé e prosperidade no Império do Meio

Tempo de leitura: 16 min
Macau é, há vinte e cinco anos, uma região administrativa especial da China. Para os católicos na «Cidade do Nome de Deus», este é ainda um lugar de «liberdade religiosa», mas o objectivo de o transformar novamente numa porta para a evangelização na Ásia mostra-se agora «um pouco fugidio».
Margarida Santos Lopes
Jornalista
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Macau tem merecido vários prosónimos, mas, do ponto de vista religioso, «Coração Histórico do Catolicismo na Ásia»1 talvez seja um dos que define melhor o seu estatuto na região, ainda que o número de fiéis – 32 921 dos mais de 700 mil habitantes – não se compare aos milhões de crentes nas Filipinas ou em Timor-Leste.

Foi há 449 anos, em 23 de Janeiro de 1576, que o Papa Gregório XIII criou a Diocese de Macau, a mais antiga em funcionamento no Extremo Oriente, hoje com nove paróquias, 18 igrejas, 55 capelas, 31 escolas com mais de 30 mil alunos e 22 instituições de serviço social. A «Cidade do (Santo) Nome de Deus, não há outra mais leal», assim designada em 1654, por ordem do Rei Dom João IV2, foi uma porta de entrada para a evangelização na China continental, na península coreana, no Japão e nos territórios actuais do Vietname e Malásia.

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EDIÇÃO
Janeiro 2025 - nº 753
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