Os dados são contundentes: em 2015, houve quatro ataques; em 2016, foram 14; em 2017, aumentaram para 89; em 2018, duplicaram, sendo 191 os ataques registados; e nos primeiros cinco meses de 2019, esse último número já foi atingido, de acordo com o ACLED (The Armed Conflict Location and Event Data), um observatório de dados que apresenta relatórios semanais com base em várias fontes no terreno.
«Estamos a viver uma deterioração constante do estado de segurança no país. Os grupos terroristas demonstraram a sua capacidade de adoptar novos modus operandi e diversificar as suas operações, enquanto o Governo – do Burquina Faso – não conseguiu antecipar-se à estratégia violenta que eles estão a pôr em prática», explica Mahamadou Savadogo, especialista burquinense em violência extremista no Sahel.