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30 novembro 2019

Um xadrez violento

Tempo de leitura: 11 min
Como se se tratasse de uma simples partida num tabuleiro, múltiplos actores violentos começaram a “jogar” no Burquina Faso. Os seus interesses diversos e os seus modos de actuar – variados – complicam a erradicação do fenómeno. É o grande desafio do país, mas também de toda a região.
Carla Fibla García-Sala
Jornalista
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Os dados são contundentes: em 2015, houve quatro ataques; em 2016, foram 14; em 2017, aumentaram para 89; em 2018, duplicaram, sendo 191 os ataques registados; e nos primeiros cinco meses de 2019, esse último número já foi atingido, de acordo com o ACLED (The Armed Conflict Location and Event Data), um observatório de dados que apresenta relatórios semanais com base em várias fontes no terreno.

«Estamos a viver uma deterioração constante do estado de segurança no país. Os grupos terroristas demonstraram a sua capacidade de adoptar novos modus operandi e diversificar as suas operações, enquanto o Governo – do Burquina Faso – não conseguiu antecipar-se à estratégia violenta que eles estão a pôr em prática», explica Mahamadou Savadogo, especialista burquinense em violência extremista no Sahel.

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