A dramática antevisão é assinada por várias universidades brasileiras e estrangeiras incluindo a norte-americana Johns Hopkins e a britânica Oxford, e peritos como o neurocientista Miguel Nicolelis, com base em análises de campo e projecções matemáticas. Aos factores epidemiológicos somam-se as turbulências causadas pelo primeiro mandatário que vem rejeitando as medidas de contenção, atacando os poderes legislativo e policial, e o jornalismo independente, entre outros desacatos.
Até ao momento o Sistema Único de Saúde tem resistido ao ataque do SARS-CoV-2, mas corre o risco de implodir, segundo Francisco Campos, da Universidade Federal de Minas Gerais. A sua capacidade esgotou-se em várias cidades como no Rio de Janeiro, Manaus, Belém, Fortaleza, Recife e São Luís. O colapso sente-se principalmente na crescente falta de unidades de cuidados intensivos. Há mais unidades hospitalares em construção, mas faltam ventiladores, pessoal capacitado e meios de protecção.