Vale do rio Orkhon (Mongólia Central). Um grupo de iaques pasta tranquilamente. Alguns têm uma pelagem tão espessa que toca o chão. Encontramo-los no ponto de partida do trilho que leva a Tuvhken, o mosteiro erguido na floresta dos montes Khangai, a cerca de 2400 metros de altitude. Para chegar a Tuvhken, percorrem-se três quilómetros entre larícios, cedros e cavalos em liberdade. Uma pequena clareira e algumas «rodas de oração» (cilindros giratórios onde estão inscritos mantras, palavras sagradas) indicam que chegámos: o mosteiro fica algumas dezenas de metros acima, encaixado mesmo sob um esporão rochoso. As pequenas estruturas que o compõem estão degradadas ou fechadas. No único templo aberto, na penumbra, distingue-se apenas um monge sentado e absorto em meditação.
Subimos ao esporão para alcançar o topo, que é plano e está todo delimitado pelas coloridíssimas lungta, as «bandeiras de oração» (simples pedaços de tecido atados a um cordel, com imagens ou mantras impressos). Daqui, avista-se a floresta abaixo e a paisagem é deslumbrante.