Daniel Comboni nasceu em Limone sul Garda, Itália, em 1831. Os seus pais, Luís e Domenica, eram camponeses. Era uma família unida, rica de fé e de valores humanos, mas pobre economicamente.
Daniel foi o único sobrevivente de oito irmãos. Aos 10 anos, deixou a aldeia para frequentar um colégio em Verona, do padre Nicolau Mazza, destinado a crianças inteligentes sem meios para continuar os estudos. Ali, descobriu a sua vocação para ser missionário como sacerdote, quando passou pelo colégio o padre Angelo Vinco, que regressava de África chocado com a escravatura. Comboni foi ordenado sacerdote e, depois de receber a bênção dos pais, partiu para a África, junto com mais cinco missionários. Tinha 26 anos.
No coração da África
Chegou a Cartum, capital do Sudão, quatro meses depois. O padre Comboni deu-se imediatamente conta das dificuldades que a missão evangelizadora enfrentava: o cansaço, o calor insuportável, as doenças, como a malária, a morte de numerosos e jovens missionários, a pobreza, a marginalização e a escravidão do povo. Porém, isso não o desanimou, pelo contrário, encorajou-o a seguir em frente. Da missão de Santa Cruz escreveu aos pais: «Teremos de sofrer, suar, morrer, mas pensar que se sofre e morre por amor a Jesus Cristo e à salvação das almas mais abandonadas do mundo é demasiado consolador para nos fazer desistir.»
Comboni regressou a Itália pouco tempo depois devido aos muitos missionários que morreram na missão, mas levou os africanos no coração. E concebeu uma nova estratégia missionária. Ele pôs de pé o Plano para a Regeneração da África, que tinha como grande lema «salvar a África com os africanos».
A ideia era proporcionar aos africanos estruturas e meios para se formarem profissionalmente ou como padres, freiras e leigos, em lugares onde os missionários estrangeiros podiam estar sem correr o risco de adoecer.
Bispo missionário
O padre Daniel Comboni, convicto de que a sociedade europeia e a Igreja Católica tinham de olhar para os africanos como irmãos, dedicou-se a uma incansável animação missionária pela Europa. Pedia orações, ajudas materiais, missionários e missionárias para as missões africanas. Fundou dois Institutos, um masculino e outro feminino (Missionários Combonianos e Irmãs Missionárias Combonianas).
Em 1877, Comboni foi nomeado bispo da África Central – o primeiro da região. Em 1880, com o entusiasmo de sempre, partiu para África pela oitava vez. Um ano depois, a 10 de outubro de 1881, com apenas 50 anos, morreu em Cartum no meio da sua gente, dizendo: «Eu morro, mas a minha obra não morrerá.»
Vâ o vídeo da vida Comboni: