Como te comecei a falar em janeiro passado, este ano vou propor-te como modelos de vida alguns missionários seguidores de São Daniel Comboni, chamados Missionários Combonianos do Coração de Jesus. E o invencível deste mês é um artista, pintor e missionário: o irmão Vittorio Fanti. Quero destacá-lo, porque, de 15 a 18 deste mês de fevereiro, vão estar no Vaticano milhares de artistas, de muitas áreas: músicos, escultores, artistas de circo… enfim… um mundo de tantos que usam a arte para nos transmitir mensagens sobre muitas coisas. Entre estes estão os pintores. E o invencível irmão missionário Vittorio Fanti falou de Jesus e do que Ele ensinou no Evangelho por meio da arte da pintura… mas não só!
Cada pintura é uma catequese
Vittorio Fanti nasceu em 1901, em Pressano, perto de Trento, na Itália. Foi já com 27 anos que respondeu ao chamamento de Deus de aplicar o seu dom maravilhoso da pintura e do desenho ao anúncio de Jesus como missionário comboniano. Não como padre, mas como pintor, que era o que sabia fazer de uma forma muito maravilhosa, mas ainda pronto para tudo o que fosse necessário. De facto, era tão comum vê-lo empoleirado nos andaimes das igrejas e catedrais a pintar imagens bíblicas e de reflexões suas como a misturar cimento e areia ou mesmo até na carpintaria.
Os primeiros trinta anos da vida missionária do irmão Fanti foram dedicados à construção de edifícios nas missões em África: igrejas, escolas e hospitais. Tudo o que pintava eram imagens e pinturas originais suas.
E nelas ele fazia autênticas catequeses. Os seus desenhos transmitiam mensagens do Evangelho que todos os que entravam nas igrejas e catedrais do Sudão, do Uganda e do Egito, sobretudo, podiam entender. Pode-se dizer que ele anunciou Cristo ao povo com as suas pinturas.
Partir em Paz…
O irmão Fanti viveu períodos muito difíceis por causa dos conflitos e guerras no Sudão e no Uganda. Nunca quis ser um peso para os seus colegas, apesar da sua fraqueza. Tinha um caráter dócil e respeitoso. Sabia como manter uma conversa com palavras adequadas e o tom de voz certo. E, com toda esta serenidade e paz, partiu para Deus aos 88 anos, com um sorriso calmo… a serenidade dos artistas.