João de Brito nasceu em Lisboa, no ano de 1647. Em criança, tinha uma saúde tão débil que os médicos duvidaram que sobrevivesse. A mãe virou-se, então, para o santo da sua devoção, São Francisco Xavier, com orações e, inclusive, uma promessa.
E eis que o pequeno João recobrou, milagrosamente, o vigor.
Entretanto, Deus foi trabalhando a vocação sacerdotal e missionária no coração do petiz. Com apenas 15 anos, João de Brito entrou para a Companhia de Jesus. Em 1673, foi ordenado presbítero e enviado para a Índia, juntamente com outros 27 jesuítas, para evangelizar. Viveu em Goa, depois no sul daquele gigante país asiático, onde aprofundou os estudos.
Era um homem que comunicava o Evangelho com a vida: a sua alegria, a proximidade com as pessoas, a defesa das castas mais pobres e das mulheres. Esforçava-se para que a palavra de Deus fosse transmitida na cultura indiana (inculturação), a fim de que esse diálogo intercultural levasse muitos a conhecer e experimentar o amor de Deus.
Certo dia, ele e um grupo de catequistas foram presos por soldados anticristãos, que tentaram de tudo para que o missionário renunciasse à fé. Contudo, ele não cedeu. Chegou a ser condenado pelo rei, todavia, um príncipe quis ouvir a sua doutrina, e, concluindo que era justa e santa, mandou libertar João e os outros.
Voltou a Portugal durante um tempo, porém, depressa regressou à Índia. Prenderam-no novamente, mas desta vez o desfecho foi o martírio, no dia 4 de fevereiro de 1693. Na véspera da sua morte, na prisão, havia escrito: «A culpa de que me acusam vem a ser que ensino a Lei de Deus Nosso Senhor… Quando a culpa é virtude, o padecer é glória.»
Foi canonizado pelo Papa Pio XII a 22 de junho de 1947. No local da sua decapitação, em Oriyur (Índia), erigiram um santuário.