O missionário comboniano irmão Alberto Parise é o invencível que queremos dar-te a conhecer este mês. É um arquiteto para quem projetar igrejas, centros pastorais, escolas ou centros de saúde é desenhar espaços onde o que ali se faz testemunha o Amor de Deus por cada pessoa. Ele nasceu em Pádua, Itália, em 1952. No decurso dos seus estudos em Arquitetura, foi em voluntariado missionário a África. Teve oportunidade de conhecer várias missões católicas na Tanzânia. Esta experiência marcou-o profundamente e ele disse: «A hospitalidade dos cristãos, as suas atitudes que procuram o bem-estar de cada pessoa, a sua fraternidade, abriram muito os meus horizontes.»
Alberto Parise concluiu a sua formação como arquiteto. Podia ter seguido uma carreira na empresa do pai ou na universidade, mas tomou outra decisão. Desta vez, as atividades de voluntariado que fez com os imigrantes que começavam a chegar à Itália idos de África fizeram-no perceber que a sua vocação era entregar a sua vida a Deus. Decidiu ser irmão missionário nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e contribuir com o seu saber para o progresso das populações africanas mais pobres.
Construir mais do que edifícios
Quando o missionário irmão Alberto Parise partiu para o Quénia, ia com uma certeza: ser irmão missionário é trabalhar para a construção da fraternidade com povos de diferentes culturas e religiões. E essa familiaridade constrói-se com projetos de desenvolvimento integral de cada pessoa, desde o nascimento até à morte, em todos os âmbitos da vida; com a promoção e defesa dos direitos humanos; pugnando por justiça, sendo agente de paz; cuidando da Natureza.
Para ele, a fraternidade constrói-se sobretudo onde ela é mais ameaçada. No bairro social de Kariobangi, em Nairobi, capital do Quénia, quando dezenas de pessoas foram chacinadas por lutas tribais, a paróquia criou um projeto de justiça e paz. Ali, aprenderam-se e aplicaram-se os processos tradicionais de reconciliação das tribos. E a paz foi restaurada pela reconciliação entre os familiares das vítimas.