O que sabemos de São José é contado por dois Evangelhos, o de São Mateus (Mt) e o de São Lucas (Lc).
Ele era descendente da linhagem do rei David (Mt 1, 20 e Lc 2, 4) e o pai de José foi Jacob (Mt 1, 16).
Era esposo de Maria (Mt 1, 19 e Lc 1, 26).
Vivia em Nazaré e era um humilde carpinteiro (Mt 13, 55).
Acerca do caráter de José, é dito que era um «homem justo» (Mt 1, 19). José estava sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei (Lc 2, 22.27.39) e a que lhe foi transmitida por meio de quatro sonhos (ver Mt 1, 20 e Mt 2, 13.19.22).
Depois de uma viagem longa e cansativa de Nazaré a Belém, viu o Filho de Deus nascer num estábulo, «por não haver lugar para eles na hospedaria» (Lc 2, 7). Ali, foi testemunha da visita dos pastores e dos magos, que foram adorar o Menino (Lc 2, 8-20), e ouviu os seus relatos acerca do que os anjos tinham dito e do sinal que foi a estrela no céu: nasceu o Salvador.
Respondeu generosamente à vocação que Deus lhe entregou, a de assumir a paternidade legal de Jesus. E deu-Lhe o nome revelado pelo anjo: dar-Lhe-ás «o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados» (Mt 1, 21).
Quarenta dias depois do nascimento de Jesus, foi ao Templo com Maria e ofereceu o menino a Deus. Nessa ocasião, ouviu, surpreendido, a profecia que Simeão fez a respeito de Jesus: «Os meus olhos viram a Salvação que ofereceste a todos os povos, Luz para se revelar às nações»; e também acerca de Maria: «Uma espada trespassará a tua alma» (Lc 2, 22-35).
Para impedir que o rei Herodes matasse o Menino, residiu como forasteiro no Egito (Mt 2, 13-18).
Regressado à pátria, residiu na pequena cidade de Nazaré, na Galileia.
O relato da peregrinação a Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos, revela o dia a dia da família José, Maria e Jesus. Os pais aprendiam a ver Jesus como Filho de Deus e Jesus crescia robusto e em sabedoria com os cuidados dos pais (ver Lc 2, 41-50).