Pedro (Pierre em francês) Chanel nasce em Cuet, França, em 12 de julho de 1803. Entra no seminário ainda pequeno e, na adolescência, ao ler as cartas que chegavam dos missionários, começa a amadurecer a sua vocação para as missões.
Em 15 de julho de 1827, Pedro é ordenado sacerdote e, pouco depois, nomeado pároco. No entanto, nunca deixa de nutrir o sonho de ser missionário. Entretanto, faz amizade com o padre Jean-Claude Colin, que, com outros sacerdotes diocesanos, funda a Sociedade de Maria, conhecidos como Maristas. Entre os principais carismas da nova congregação religiosa está a obra de evangelização do mundo não cristão. Pedro, sentindo-se em casa, decide tornar-se marista.
Em missão na Oceânia
Em outubro de 1836, com 33 anos, Pedro e o seu colega irmão Marie-Nizier embarcam em Le Havre, rumo à Oceânia. Um ano depois, chegam ao arquipélago de Hoorn e, em seguida, desembarcam na ilha de Futuna, no oceano Pacífico, onde ainda não tinha sido anunciado o Evangelho. Ao conhecê-los, Niuliki, o rei de Alo e principal reino da ilha, hospeda-os na sua casa.
Desde então, o padre Pedro começa a adaptar-se aos costumes locais e a aprender a língua. Visita as aldeias da ilha, cuida dos doentes e idosos, destacando-se pela sua bondade e mansidão. Muitos começam a interessar-se pelo Cristianismo e pedem para ser batizados.
Entretanto, a fama dos religiosos começa a irritar o rei Niuliki, pois teme perder a sua autoridade. Manda, então, maltratar e perseguir os missionários e os catecúmenos. E, quando sabe da conversão do seu filho primogénito, o príncipe Meitala, o soberano decide matar o padre Pedro. No dia 28 de abril de 1841, o missionário é assassinado, tornando-se o primeiro mártir da Oceânia.
Com esta execução, o rei pensava ter erradicado a nova religião da ilha. Mas não foi assim. No ano seguinte, outros missionários chegam a Futuna e constroem uma pequena igreja no lugar do martírio. Em 1844, quase todos os habitantes da ilha são católicos.