A consistência de vida dispensa as juras. Matilde pretende destacar a seriedade do ser humano e enceta a catequese com o breve trecho de Jesus: «Que o teu sim seja sim e o não seja não» (Mt 5, 33-37). Ante alguma confusão dos jovens, de como é que um sim poderia ser um não e vice-versa, a catequista elucida:
– Na Antiguidade, não havia um sistema judicial como o de hoje e todas as decisões dependiam da honestidade das declarações que eram feitas, pelo que os juramentos judiciais eram reconhecidos por lei. Tal como nos negócios e em tudo o que dissesse respeito às relações humanas, a utilização do juramento era frequente, como que a apelar a Deus para que servisse de testemunha. Violar um juramento era algo grave, acarretando consequências pesadas para quem o arriscasse. E, para tornar tudo mais credível, até se procedia a formalidades simbólicas enquanto se jurava, como, por exemplo, levantar a mão direita, ou as duas mãos ao céu, pôr a mão sobre a outra pessoa…