Contudo, olha-se para este tempo com semblante triste. A Quaresma faz meditar nos sofrimentos de Jesus Cristo e refletir acerca do sofrimento no mundo: as doenças, os reveses da vida, as mortes por causa de doenças graves, acidentes, desastres naturais ou guerras…
O catequista Orlando de Carvalho, no livro Sete sacramentos para sair em missão, interroga-se: «Por que razão sofreu Jesus? Porque temos de sofrer? Como pode Deus amar-nos e permitir que tenhamos dores?»
Às perguntas acerca de Deus e o sofrimento, Cristo responde com a parábola do Bom Samaritano, que é imagem de Deus: aproxima-se do maltratado, cura-lhe as feridas e não o abandona até ter recuperado. E a parábola conclui dizendo qual é a missão do cristão: «Vai e faz o mesmo.»
Sentir a presença de Deus foi o que tornou forte Jesus para dar a Sua vida na cruz.
Também é Deus que torna fortes as pessoas, quando são perseguidas, estão doentes ou desesperam. Escreveu o Apóstolo S. Paulo aos Filipenses: «De tudo sou capaz naquele que me dá força» (Filipenses 4, 13).
A Igreja tem um sacramento pelo qual Deus nos fortalece. Chama-se Unção dos Doentes. O Apóstolo S. Tiago, na sua carta, explica em que consiste: «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Tiago 5, 14-15).