Estima-se que mais de 35 conflitos violentos estejam em curso neste momento em todo o planeta. Uns ocorrem perto de nós, como na Ucrânia e na Faixa de Gaza; outros mais longe, em países como o Sudão, Iémen e Mianmar. Essas guerras têm muitas causas, nomeadamente as riquezas minerais, a conquista de território ou a procura do poder. Destroem a Natureza e as infraestruturas (escolas, hospitais, etc.), causam milhares de mortes, pobreza, deslocamento forçado, fome. É por isso que a Igreja Católica convoca, desde 1967, todas as pessoas de boa vontade a rezar e trabalhar pela paz no primeiro dia de janeiro.
Este ano, em que celebramos o jubileu – vê as páginas 8 e 9 –, a mensagem do Papa Francisco inspira-se nas encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti e centra-se nos conceitos de esperança e perdão, que são o coração do Ano Santo. O documento tem como título «Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz» e faz um apelo à conversão pessoal, comunitária e internacional, pois só assim poderá florescer uma paz autêntica. A paz é uma arte, que se consegue com o diálogo, o respeito mútuo, o perdão e a reconciliação.
Neste Dia Mundial da Paz, e durante todo o ano, peçamos com insistência a Jesus, nosso amigo, o dom da paz para nós mesmos e para o mundo e sejamos, com as nossas palavras e ações, corajosos construtores da paz.