Oferecer amêndoas doces é uma prática milenar que remonta à Roma Antiga. Nas festas de nascimento e casamento, era costume ofertar amêndoas envoltas em mel. Simbolizavam a celebração da fecundidade, o nascimento, a vida que ressurge e se renova.
Essa tradição foi assumida pelos primeiros seguidores de Jesus como símbolo pascal. Primeiro, porque a amêndoa simboliza Jesus: Ele tem uma natureza dual, humana e divina, pois é ao mesmo tempo filho de Maria e Filho de Deus – o mesmo acontece com a amêndoa, que tem o interior e a casca. Segundo, porque a amêndoa já tinha esse significado de renascimento, que é, precisamente, o que os cristãos celebramos na Páscoa: a Ressurreição de Jesus, a passagem da morte para a vida nova.
Como sabes, Jesus anunciou o Reino de Deus e fazia o bem. Fazia-o com palavras e com sinais: curou os cegos, os surdos e os leprosos; deu de comer aos pobres; acolheu e perdoou aos pecadores. Era uma «amêndoa doce» que expressava o amor e a misericórdia de Deus e fazia mais feliz a vida daqueles que acreditavam de coração em Deus. Mas Jesus era, para alguns dos seus contemporâneos, uma «amêndoa amarga», pois questionava o estilo de vida religiosa e social que tinham. Foi, por isso, perseguido, condenado e crucificado. A sua morte foi o final lógico de uma vida de amor extremo, dedicada totalmente a Deus e aos outros. Mas não foi o fim. Deus, que ama a vida e o projeto de Jesus, ressuscitou-O. Jesus venceu a morte, está vivo e continua a caminhar connosco.
Na celebração da Páscoa voltamos a professar que cremos em Jesus e na vida nova que nos dá. Comprometemo-nos a anunciá-Lo a todos e a seguir o Seu exemplo, doando-nos com alegria aos outros e sendo «amêndoas doces» para os nossos irmãos e irmãs, ajudando a construir um mundo melhor.
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