A pandemia de covid-19, que vai continuar a estar presente nas nossas vidas, obriga-nos à utilização de máscara. Acredito que não seja uma situação fácil e que não te traga alegria. No entanto, sabemos que muitas crianças e adultos no mundo não têm possibilidades de comprar as máscaras e proteger-se do novo coronavírus. Assim, em alguns países do Sul do mundo, onde a pobreza impede muitos de ter acesso aos mais básicos cuidados de saúde, os missionários aceitaram o desafio de ajudar a combater a pandemia e as suas consequências, seja com ajuda de material sanitário, alimentos ou a confeção de máscaras.
É esse o caso da voluntária portuguesa Maria da Conceição Julião. Ela participa no projeto Ondjoyetu, o Grupo Missionário da Diocese de Leiria-Fátima, que tem promovido a aproximação dos católicos desta diocese portuguesa e a do Sumbe, em Angola. A missão que levou a Maria da Conceição ao Gungo passa por várias funções, da educação à culinária ou a costura, alteradas, em parte, pela pandemia. «Tenho feito outras coisas, neste momento estou a fazer máscaras para nós e para distribuir», explica.
Neste mês de outubro recordamos os missionários que no mundo testemunham, com alegria, o Evangelho de Jesus e que, com o seu serviço desinteressado e a partilha da vida, ajudam a construir um mundo melhor para todos. E essa é a missão dos que acreditamos em Jesus. Como nos lembra o Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial das Missões deste ano: «Deus continua a procurar pessoas para enviar ao mundo e às nações, a fim de testemunhar o seu amor, a sua salvação do pecado e da morte, a sua libertação do mal (cf. Mt 9, 35-38; Lc 10, 1-11).»
Deus desafia-nos a ser missionários. Podemos não partir, como fez a Maria da Conceição, para a missão além-fronteiras, mas todos com Jesus, com a nossa oração e ajuda material, podemos colaborar ativamente na obra evangelizadora da Igreja.