Inspirados por Greta Thunberg, a menina sueca que começou sozinha a greve estudantil pelo clima e que, em poucos meses, se alargou a 123 países, as gerações mais jovens estão mais sensibilizadas para o cuidado do planeta, a nossa casa comum. Assim, nas últimas semanas, milhares de alunos de todo o País manifestarem-se contra as alterações climáticas. «A revolução contra a poluição», «Não há planeta B», «Menos conversa, mais ação», «Unidos pelo nosso futuro», foram algumas das palavras de ordem que se ouviram ou leram nos cartazes. Ações de sensibilização que nos ajudam a todos – políticos, instituições estatais, empresas e cidadãos – a atuar e mudar o nosso estilo de vida.
Os povos originários da América Latina – região do mundo onde vivi muitos anos – quando, por exemplo, têm de cortar uma árvore ou colher os frutos, pedem autorização e agradecem à Terra pelos seus dons. Mantêm uma relação de respeito e cuidado recíproco. Na nossa cultura, exploramos sem limites a Natureza sem olhar às consequências. E se não o fazemos diretamente – com o desmatamento ou a poluição de rios e mares – fazemo-lo indiretamente. Por exemplo, na comida, papel e água que desperdiçamos; no lixo que produzimos e não reciclamos; nos plásticos que semeamos na praia, parques e ruas.
A revolução contra a poluição e as mudanças climáticas começa na nossa casa, na mudança que façamos no nosso estilo de vida. Temos de agir agora e mudar os nossos hábitos quotidianos. Comecemos a pôr em prática os três erres ecológicos – reduzir, reutilizar, reciclar. Cada gesto conta, cada ação é importante para salvar o planeta.