No mês de janeiro, celebramos uma festa muito bonita: a Epifania (palavra que significa «manifestação»), conhecida também como Dia de Reis. Recorda-nos um episódio narrado no Evangelho (lê Mateus 2, 1-12). Três sábios, que não pertenciam ao povo de Israel, observam no céu uma estrela muito brilhante. Para eles, é um sinal claro do nascimento do Messias, profetizado nas Escrituras. Decidem, então, seguir essa luz, que os guiará ao encontro do Salvador. A viagem teve algumas peripécias, mas, finalmente, encontram o Menino Jesus com Maria e José. Adoram-no e oferecem-lhe presentes especiais e simbólicos: ouro (significa que Jesus é o verdadeiro Rei), incenso (reconhecem Jesus como Filho de Deus, pois o produto só se oferece às divindades) e mirra (indicando que aquele Rei Divino também é plenamente humano).
Estes três homens, que representam o conjunto dos povos da Terra, testemunharam o amor de Deus à humanidade e aceitaram Jesus como Senhor e luz das nações. Por isso, eles assumiram a missão de partilhar, com alegria e audácia, essa boa notícia com as pessoas de todos os cantos do planeta.
Lembro-me de que, quando era criança, íamos em grupo cantar a janeiras de porta em porta, visitando as casas dos amigos e vizinhos. Era uma maneira de anunciar, com muito júbilo, o nascimento de Jesus e, ao mesmo tempo, desejar um feliz Ano Novo aos nossos conterrâneos. As pessoas, agradecidas, retribuíam com o que tinha sobrado das festas natalícias. Uma bonita tradição que nos lembra que somos missão e devemos, cada dia, testemunhar Jesus, a luz que ilumina as nossas vidas.