As plataformas digitais disponíveis, como WhatsApp, Instagram, Snapchat, YouTube, Skype, Facebook, Twitter, entre outros assuntos, dão-te a conhecer causas de ativismo social, isto é, assuntos que requerem a tua opinião ou uma atitude da tua parte. Certamente já foste convidado, por exemplo, para ações coletivas de limpeza de matas ou mares, para subscreveres com a tua assinatura cartas a apelar para a defesa de pessoas ou de povos ameaçados, ou para adotares comportamentos de consumo saudável e sustentável.
Seja, então, quando a plataforma digital te informa, seja quando por tua sensibilidade e iniciativa queres apoiar uma causa importante, o que fazes normalmente é aceder a uma dessas plataformas digitais, e reages. As opções vão desde clicar num dos ícones – gosto, não gosto, choro, raiva, etc. –, até aceder a hiperligações associadas e participar dentro das possibilidades anunciadas, como assinar uma petição, fazer uma doação, comparecer num evento. Pelo meio, podes divulgar o tema ou a campanha, assinares uma petição, ou manifestares a tua concordância ou discordância.
O primeiro registo de ciberativismo aconteceu em meados da década de 1980, quando ativistas ao redor do mundo faziam parte da PeaceNet, e distribuíam, via correio eletrónico, mensagens e endereços de páginas com informações sobre direitos humanos.
Com a tua geração, o ciberativismo está em expansão. O objetivo, no passado como atualmente, é trocar informações e debater, reunir apoio, organizar e mobilizar indivíduos para ações e protestos, dentro e fora da Internet.
Da rua para a net
Nos últimos anos tens assistido, em diferentes contextos geográficos, ao aparecimento de formas novas e inesperadas de mobilização coletiva e de ativismo. Em alguns casos, esse ativismo deixou de ser restrito à rua e estendeu-se à Internet. Em outros casos, passou da Internet para a rua.
Um exemplo foi o que se passou com a chamada Primavera Árabe. No ano de 2010, cidadãos de vários países do Médio Oriente, principalmente Líbia, Tunísia, Iémen e Egito, foram para as ruas protestar contra os respetivos governos e regimes políticos. Esses protestos foram divulgados em redes como Facebook, Twitter e YouTube. Por meio destas plataformas, o povo (dentro e fora daqueles países) informava-se acerca das repercussões e dos locais e horários dos protestos. Este ciberativismo foi muito importante, uma vez que os meios de comunicação social tradicionais – jornais, rádios e televisão – eram censurados. E a dimensão dos protestos expandiu-se até ao ponto de se tornarem movimentos internacionais.
Ao serviço de um mundo melhor
O ciberativismo dá-te o poder de modificar o presente e o futuro de qualquer parte do mundo. Se, por exemplo, queres defender povos em risco de extinção, podes apoiar a ONG Survival International: www.survivalinternational.org; se queres apoiar causas ambientais, há imensas páginas e aplicações. Qual é a tua causa preferida? Interessa-te, divulga, participa, mobiliza.
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