A expressão «cidadão digital» – ou «cibercidadão» –, em inglês netizen, foi criada, em 1992, pelo norte-americano Michael Hauben (1973-2001). Ele quis descrever aqueles que observam os seus direitos e deveres quando desenvolvem algum tipo de atividade em ambiente digital.
Tu és cidadão digital, porque usas os recursos tecnológicos que tens ao dispor, e procuras fazê-lo de modo apropriado e responsável.
Exerces a cidadania digital não só quando utilizas uma certa aplicação ou uma nova tecnologia, mas, e sobretudo, quando pensas acerca do impacto que essas ferramentas têm na tua vida, na existência dos que te rodeiam e pelo mundo inteiro.
Cidadãos informados e conscientes
Tu, os teus amigos, a tua família, são cidadãos digitais que não se deixam influenciar ou subjugar por qualquer interesse mesquinho de outras pessoas ou empresas?
Tu e eles aceitam o desafio de cumprir os deveres e defender os seus direitos na busca de uma sociedade mais justa e respeitadora da dignidade de cada um?
Ser cidadão digital ativo é, por um lado, estar informado, isto é, estar atento às invenções, às descobertas, aos desafios e aos graves problemas do mundo. Por outro lado, é dar o teu contributo pessoal ou em equipa, seja para enriquecer o mundo com algo novo, seja para ajudar a resolver os problemas.
Valores dos cibercidadãos
A tua cidadania digital caracterizar-se-á pelo exercício de boas práticas – ou valores – no universo digital. Entre os valores que te são pedidos estão: verdade, bondade, utilidade, compreensão, respeito da dignidade e dos direitos dos outros (direitos de autor, por exemplo), precaução, responsabilidade…
Ao exerceres a cidadania digital, visarás não só a satisfação das tuas necessidades individuais, mas, também, a manutenção do bem-estar social dos teus concidadãos digitais. É neste contexto que se pode falar de ações meritórias e de crimes. Quem usar a Internet fraudulentamente, ou para ofender, distribuir ou comercializar objetos ou serviços ilícitos, é claro que está a cometer crimes.
Para que não sejas uma vítima das ações fraudulentas dos outros, é necessário que aprendas a usar os recursos tecnológicos, a saber as suas vantagens e os seus riscos.
A tua educação para um bom uso do ciberespaço, ao serviço de uma cidadania digital, é uma responsabilidade, em primeiro lugar, da tua família. Ela, além de ter a função social de ensinar valores e condutas, é também aquela que te transmite conceitos de ética e de moral.
A tarefa dos teus pais deve ser completada pela escola e paróquia. A escola tem um papel crucial e importante a desempenhar, ensinando-te a conhecer e dominar os aparelhos e os programas tecnológicos. Por sua vez, a paróquia e os espaços onde aprendes cidadania fornecem-te o que poder-se-ia chamar uma bússola moral que te oriente sempre que navegas no mundo digital.
Por fim, mas não menos importante, tu és e serás sempre o principal responsável pela tua formação e pela tua conduta como cidadão digital.
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