Começou por ser apenas uma impressão: a de que os batalhões de insetos, que a cada novo verão estavam por todo o lado, com os seus zumbidos e voos acrobáticos – e com as suas ferroadas e picadelas implacáveis –, pareciam estar a diminuir… seria?
Nas últimas duas décadas, a suspeita de que o número de insetos está a diminuir foi-se acentuando e algumas contagens em regiões da Europa pareciam confirmar aquela perceção. Então, os biólogos puseram-se em campo para fazerem contagens sistemáticas e realizar estudos, e os resultados, agora, já não deixam dúvidas. Os insetos estão a diminuir, sim senhor, e para algumas espécies, nos últimos dez anos, verificaram-se perdas alarmantes. As borboletas, por exemplo, perderam mais de metade dos seus efetivos (53%), e as abelhas sofreram uma quebra de 46%. Não são as únicas. Escaravelhos vários, diferentes espécies de libelinhas, até as moscas…, nenhum inseto parece escapar a esta tendência. Pelas contas dos biólogos, desde 2012, desapareceram da Terra 41% das populações de insetos. Afinal, o que se passa?