Ciência e tecnologia
29 novembro 2022

O que se passa com os insetos

Tempo de leitura: 3 min
À primeira vista, mais inseto, menos inseto, pode não parecer grave, porque, afinal, são tantos, e tão diversos. Mas as consequências das brutais razias nas populações de insetos em muitas regiões da Europa, vastas zonas da Ásia ou da América trazem incerteza ao futuro.
Maria Filomena Silva
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Começou por ser apenas uma impressão: a de que os batalhões de insetos, que a cada novo verão estavam por todo o lado, com os seus zumbidos e voos acrobáticos – e com as suas ferroadas e picadelas implacáveis –, pareciam estar a diminuir… seria?

Nas últimas duas décadas, a suspeita de que o número de insetos está a diminuir foi-se acentuando e algumas contagens em regiões da Europa pareciam confirmar aquela perceção. Então, os biólogos puseram-se em campo para fazerem contagens sistemáticas e realizar estudos, e os resultados, agora, já não deixam dúvidas. Os insetos estão a diminuir, sim senhor, e para algumas espécies, nos últimos dez anos, verificaram-se perdas alarmantes. As borboletas, por exemplo, perderam mais de metade dos seus efetivos (53%), e as abelhas sofreram uma quebra de 46%. Não são as únicas. Escaravelhos vários, diferentes espécies de libelinhas, até as moscas…, nenhum inseto parece escapar a esta tendência. Pelas contas dos biólogos, desde 2012, desapareceram da Terra 41% das populações de insetos. Afinal, o que se passa?

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Ciência
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Dezembro 2024 - nº 634
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