Cassandra Lin tinha 11 anos quando teve, um dia, uma ideia luminosa. Em Westerly, a sua vila natal, em Rhode Island, nos Estados Unidos, os invernos são geralmente muito frios, e as pessoas não passam sem aquecimento. Mas, nesse ano, muitas famílias de Westerly estavam mal economicamente e não tinham dinheiro para isso. Cassandra, por coincidência, tinha acabado de estudar na escola a questão das alterações climáticas. Juntamente com um grupo de colegas, tinha pesquisado as causas do problema – a utilização dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, para produzir a energia que sustenta o nosso modo de vida –, e também algumas das soluções. Entre estas, a utilização de biocombustíveis, que produzem muito menos gases com efeito de estufa e por isso ajudam a travar as alterações climáticas. Então, lembrou-se: e se os vizinhos usassem biocombustíveis para o aquecimento das casas?
Cassandra voltou às suas pesquisas: descobriu que os biocombustíveis* podem ser produzidos com facilidade a partir dos desperdícios dos óleos usados para cozinhar, juntou dois mais dois e o resto foi uma questão de organização. Desafiou os colegas da escola e, de um momento para o outro, os miúdos tinham um projeto a andar, que não só permitia a todos ter aquecimento em casa para enfrentar o rigor do inverno, como dava um contributo no combate às alterações climáticas.