Nunca foi muito fácil avistar os linces-ibéricos – são por natureza fugidios. Mas houve tempos em que existiam em bom número nas serras do interior e na região do Guadiana, no Alentejo e Algarve. No entanto, com o alimento a escassear – quase só comem coelhos –, e o território natural em degradação crescente, a espécie entrou em declive populacional, que quase ditou o seu fim.
Corria o ano de 1986, quando o último exemplar na Natureza foi avistado em Portugal, na serra da Malcata, uma região de beleza agreste na raia da Beira Interior. Depois os anos foram passando, e nem sinal de linces – a extinção parecia inevitável.