Depois de quase uma década a estudar a ecologia dos solos, os sistemas de produção alimentar e as práticas agrícolas ancestrais em países da África Ocidental, o jovem biólogo Fernando Sousa percebeu que era preciso sistematizar aquele conhecimento – e passar palavra.
Na Guiné-Bissau, no Burkina Faso ou no Mali, que já percorreu tantas vezes de mota, contactando com as populações, os agricultores e os cientistas locais, o investigador português tinha testemunhado a degradação dos ecossistemas, o crescente empobrecimento dos solos e os efeitos severos das secas que as alterações climáticas já tornaram mais persistentes. Mas também havia boas notícias.