Na fé cristã reconhecemos que só Deus é santo, pois a santidade define a sua perfeição sem limites. Na profissão da fé, o Credo, também afirmamos «creio na Igreja santa», porque é constituída por pessoas que Deus santifica.
O Papa Francisco, na carta Alegrai-vos e Exultai, resume a santidade numa frase: «Jesus Cristo espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa.» Ou seja, a santidade é viver plenamente, intensamente, é usar todos os talentos, todas as forças, todo o amor. Por isso, Francisco escreve: «Gosto de ver a santidade nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nos idosos que continuam a sorrir, na constância de continuar a caminhar dia após dia».
A Igreja, por tradição, declara crianças, jovens, homens e mulheres beatos e santos. E já são milhares os que constam no livro chamado Santoral. Todavia, o número de santos não se resume a estes. Estes são apenas aqueles de quem se fez um trabalho de pesquisa acerca das suas virtudes, e foi concluído um processo no Vaticano. O que realmente importa acerca destes santos é que eles nos motivam a fazer o nosso próprio, único e irrepetível caminho de santidade.
Quando a Igreja declara alguém beato – palavra que significa «bem-aventurado», «feliz» – isso quer dizer que essa pessoa viveu o Evangelho de forma exemplar e se permite o seu culto público, mas limitado a uma região ou comunidade. E uma pessoa passa a designar-se santo quando é canonizada – uma cerimónia em que a Igreja reconhece publicamente a santidade heroica dessa pessoa e a coloca no cânone, no catálogo, dos santos. Assim, o santo passa a gozar do culto público por toda a Igreja. Os santos podem ter igrejas dedicadas a eles e serem considerados padroeiros.