Há um dia para tudo, e no passado dia 14 de outubro comemorou-se o Dia Internacional do Lixo Eletrónico. Há cada vez mais equipamentos eletrónicos no mundo, como se sabe, mas o mais impressionante é saber que só em 2022 – parece uma piada de mau gosto – cerca de 5300 milhões de telemóveis deverão tornar-se lixo, e apenas uma ínfima parte, como já se podia adivinhar, será reciclada ou reutilizada. Vai o planeta Terra aguentar tanto desperdício, tanta exploração, tanto lixo? Duvido. Bem, não pode ser só conversa: no ano passado, fui com o meu pai levar um computador velho (comprado em 1999!) e uma impressora ao Centro de Triagem e Ecocentro do Lumiar (Valorsul), e até gostei de ver as instalações. Agora, ao que me parece, não temos mais lixo eletrónico cá em casa (a não ser as televisões, que ninguém vê nem ninguém liga) e eu juro que não vou pedir um novo telemóvel senão daqui a dois anos, e o meu já tem cinco anos. Já alguma vez ouviram falar em obsolescência programada? O meu pai já trata do caso (lê a página 50).
