Quando ouvires o nome Somália, pensa que é uma criança, que vive num país do nordeste de África. Sim, porque a Somália é um país onde, a cada minuto, uma criança é admitida numa unidade de saúde para tratamento de desnutrição aguda severa.
A Unicef faz um apelo veemente: «Se não forem tomadas medidas urgentes e não houver investimento na Somália, seremos confrontados com a morte de crianças numa escala que não se via há cinquenta anos.»
Crianças são vulneráveis
A Somália tem dez milhões de habitantes. O país vive a quinta temporada consecutiva sem chuvas. Cerca de oito milhões de somalis são afetados pela seca, e metade da população precisa de assistência humanitária para sobreviver. Por causa da seca – informa um relatório das Nações Unidas –, três milhões de animais, dos quais as famílias rurais dependem para sua subsistência, já morreram.
A guerra na Europa agravou a crise alimentar na Somália, porque depende da Rússia e da Ucrânia para mais de 90% das suas provisões de trigo. Além disso, o aumento dos custos dos combustíveis fez subir o preço dos alimentos.
Seis em cada dez somalis não têm acesso a água potável e saneamento. Quase dois milhões de crianças e bebés somalis enfrentam desnutrição aguda, e estão mais vulneráveis a doenças como diarreia aquosa aguda, cólera, pneumonia, malária e sarampo.
Como fazer-se próximo e ajudar?
Através do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (unocha.org), e de parceiros humanitários, como a Caritas Somalia (caritas.org), é possível contribuir para o fornecimento de alimentos, água potável, serviços de saúde e outras assistências vitais para pessoas necessitadas.