Sala de convívio
18 abril 2023

Saúde mental

Tempo de leitura: 2 min
Porque será tão simples eu ir ao médico porque me dói o estômago, mas tão difícil fazê-lo quando sei que não estou bem psicologicamente?
Margarida Leal
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Há um tema que, na minha inocência, me pareceu, até há bem pouco tempo, que teria deixado de ser o estigma que foi outrora. No entanto, recentemente comuniquei com várias pessoas, e o seu discurso assustou-me pela sua ignorância e, acima de tudo, pela enorme probabilidade de se tornar danoso para terceiros, ou até para elas mesmas.

Penso que todos nós estamos familiarizados com o termo “saúde”, contudo, deixem-me que vos apresente a sua definição, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde: «Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.» Neste sentido, vale a pena reforçar que não é porque eu não estou doente que sou uma pessoa saudável.

Concretizando um pouco no contexto da saúde mental, o limiar entre ter ou não saúde é bastante mais ténue do que na saúde física. Porque nem sempre é fácil perceber se estou apenas triste ou se tenho depressão, por exemplo. E é tão fácil ignorar os sinais quando se trata da mente… Porque será tão simples eu ir ao médico porque me dói o estômago, mas tão difícil fazê-lo quando sei que não estou bem psicologicamente?

E porque vê ainda a sociedade uma ida ao psicólogo como algo que se aplica somente aos “maluquinhos”? A saúde mental é, sim, essencial.

Mais de 800 mil pessoas morrem anualmente por suicídio. A depressão mata, e é uma doença tratável. Deve ser um profissional a estabelecer a estratégia, porém, cabe a cada um de nós pedir ajuda, para nós próprios ou para aqueles que não são capazes de percecionar que precisam dela. Cuidemos bem de nós e da nossa mente!

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EDIÇÃO
Novembro 2024 - nº 633
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