No texto de 1814 O Homem Curioso, relata a história de um homem que visita um museu de história natural e que fica fascinado perante insetos e outras criaturas minúsculas, mas que não chega a ver o elefante que está no meio da sala.
Com o tempo, e sabe-se lá por que caminhos, transformou-se, um pouco por todo o mundo (em inglês, por exemplo, diz-se elephant in the room; em francês, éléphant dans la pièce; em alemão, Der Elefant im Raum; em neerlandês, een olifant in de zaal, etc.) em expressão metafórica usada para referir realidades ou problemas que, de tão evidentes, não podem ser ignorados. Aliás, é sobretudo usada de forma irónica, quando se refere a problemas intencional ou negligentemente ignorados por quem, ou não tem, por qualquer razão, interesse em notá-los e valorizá-los, ou não se interessa por eles e os negligencia. Por vezes, este quem somos todos nós, uma sociedade inteira, em cujo caso estaremos em presença de um tabu, uma interdição social ou cultural implícita de abordar determinado assunto ou de adotar determinado comportamento.