Sala de convívio
30 abril 2024

Fazer algo melhor

Tempo de leitura: 1 min
A lição que este filme nos deixa é que a fantasia não substitui o mal, mas deve-se criar o futuro a partir da realidade.
Fernando Félix
Jornalista
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O japonês Hayao Miyazaki é considerado o melhor realizador de filmes de animação. Ele dirigiu doze películas e foi premiado duas vezes com o Óscar de Melhor Animação: em 2003, com A viagem de Chihiro e, agora, com O rapaz e a garça.

Os filmes de Miyazaki refletem sobre o conflito entre gerações: analisam as escolhas dos antepassados, as acertadas e as erradas, e os caprichos e as expectativas da sociedade atual. E ele dá pistas sobre o que é viver: onde o erro ou a morte põem um fim, a vida e o trabalho fazem um novo começo. Em O rapaz e a garça a lição é que a fantasia não substitui o mal, mas deve-se criar o futuro a partir da realidade.

O filme começa com um incêndio, em que morre a mãe de Mahito. O pai casa com a cunhada e vão viver no campo. A orfandade e as mudanças revoltam o rapaz. Aparece-lhe, então, a garça – símbolo na cultura japonesa da relação com os antepassados falecidos – que o conduz a uma torre e lhe pede coragem para entrar no túnel. Ele entra, pode ver um mundo alternativo e recebe uma missão: não deve limitar-se a seguir os passos dos antepassados, mas analisá-los e, muito importante, fazer algo melhor.

Sobre o filme

Título: O rapaz e a garça

Realizador: Hayao Miyazaki

Género: Fantasia

Duração: 2h04min

Amostra: https://youtu.be/b10qP0j5uwo

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EDIÇÃO
Dezembro 2024 - nº 634
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