Sala de convívio
15 janeiro 2025

Porque batemos palmas

Tempo de leitura: 2 min
Sabes porque batemos palmas? Descobre algumas curiosidades sobre o tema neste texto.
Tiago Ferreira
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O ato de bater as palmas das mãos em sinal de aprovação tem origem desconhecida, mas existe há pelo menos 3000 anos, e surge como gesto religioso. De acordo com a mitologia dos gregos, o aplauso foi inventado por Crotos, filho do deus Pã (deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores) e de Eufeme, ama de leite das musas, como forma de mostrar a sua admiração por estas. Na língua grega, a palavra kroto representa o barulho das palmas. Este gesto foi, depois, popularizado no teatro clássico grego. 

No Império Romano, bater palmas tinha diversos propósitos: era um cumprimento, uma saudação a pessoas importantes – os reis e os imperadores –, e era sinal de aprovação, seja nas lutas entre gladiadores no Coliseu, seja no teatro. Havia, até, o hábito de atores e políticos organizarem grupos de apoiantes, que se misturavam na multidão, para a fazer aplaudir mais alto e por mais tempo. Alguns imperadores romanos viajavam com grupos de batedores de palma profissionais (chamados laudiceni em latim) que os elogiavam e aplaudiam em aparições públicas. O imperador Nero, por exemplo, levava com ele uma claque de apoiantes com mais de 5000 soldados e cavaleiros.

O costume espalhou-se pela Europa e, dela, para o resto do mundo. Como exemplo, nos séculos xviii e xix, quase todos os teatros de Paris, França, contratavam pessoas que tinham como única função na plateia a de aplaudir. Atualmente, esse truque é usado em programas de televisão.

Na religião cristã, a Bíblia recomenda o aplauso dirigido a Deus, como expressão de louvor, no Salmo 47: «Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com brados de alegria» (Salmo 47, 1-2).

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Sabes
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Janeiro 2025 - nº 636
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