Sala de convívio
27 março 2025

Inteligência artificial: o que não vemos

Tempo de leitura: 2 min
Sabias que, sempre que usas inteligência artificial, a famosa IA, como um chatbot, há muito mais a acontecer do que parece?
Beatriz Guégués
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Sabias que, sempre que usas inteligência artificial, a famosa IA, como um chatbot, há muito mais a acontecer do que parece? Por exemplo, já imaginaste que as respostas que recebes de um chatbot consomem água? Sim, água! Pode não parecer, mas cada vez que fazes umas dez perguntas a um chatbot, ele «bebe» cerca de um litro de água. Ora, em hidroponia, uma alface só consome à volta de 4 litros em todo o seu ciclo de crescimento.

Mas como é que isto acontece? Na verdade, os grandes computadores que fazem a inteligência artificial funcionar estão em centros de dados (datacenters) espalhados pelo mundo. Estes computadores precisam de energia para processar as tuas perguntas e também de sistemas de arrefecimento para não sobreaquecerem. Esses sistemas usam grandes quantidades de água para manter as máquinas frescas.

Além disso, a energia necessária para alimentar a inteligência artificial vem, muitas vezes, de fontes que ainda dependem de combustíveis fósseis. Isso significa que a tua simples pergunta pode contribuir, sem que te dês conta disso, para o aumento da poluição e das mudanças climáticas.

Isto não quer dizer que devas deixar de usar tecnologia. Nada disso! O importante é compreender que há sempre um impacto e que, ao usarmos a inteligência artificial com consciência, podemos ajudar a encontrar formas mais sustentáveis de a utilizar. Basta saber que a inteligência artificial está a permitir melhorar as condições da água em alguns campos de refugiados e não apenas a ajudar-nos a fazer os TPC.

E então, o que achas? Surpreendido/a com o que acontece por trás das tuas perguntas?

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EDIÇÃO
Março 2025 - nº 638
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