A cultura xinca é a mais pequena de todas as existentes na Guatemala. Não apenas em extensão territorial, mas também no que respeita ao número de habitantes que seguem os costumes e o idioma que a caracteriza. A sua linguagem é bastante distintiva, assim como os trajes e tradições. O xinca é uma pequena família de línguas mesoamericanas, outrora falada pelos indígenas xincas do Sudeste guatemalteco, grande parte de El Salvador e algumas regiões das Honduras, e hoje quase extinta.
Os xincas emigraram da América do Sul e acredita-se que sejam provenientes das civilizações andinas, as quais mantinham atividade comercial com os maias. Descoberta por Pedro de Alvarado, a etnia xinca foi derrotada no decurso da conquista espanhola, em 1575. As políticas de supremacia da colonização espanhola forçaram este povo à renúncia da sua cultura. Ao longo do tempo, porém, foram sendo criadas organizações públicas para a defesa dos direitos dos xincas, a promoção e conservação dos seus valores culturais, e a revitalização da sua identidade. Atualmente, depois de um movimento revivalista encabeçado pelas duas principais organizações de xincas na Guatemala, cerca de 200 mil pessoas, dispersas por nove comunidades, afirmam ter esta origem.