OParque Natural da Serra da Estrela é recortado pelos vales dos quatro rios que nascem na serra: o Mondego, o Zêzere, o Alva e o Alvôco.
Criado a 16 de julho de 1976, foi reconhecido como geoparque mundial pela UNESCO em 2020.
De uma rara beleza paisagística, em que fragas, rochedos de granito e xisto, antigos glaciares e penhascos marcam a vista, compreende uma sucessão de planaltos que se estendem desde a Guarda, a nordeste, até à serra do Açor, a sudoeste, em Seia. O mais interessante é que existem elementos que fazem lembrar certas formas curiosas, tais como os Cântaros e a Cabeça da Velha. É possível admirar estas estruturas passeando pelos trilhos pedestres, que se estendem cerca de 375 quilómetros, com vários níveis de dificuldade.
Cenários de elevada beleza
É nesta maior área protegida de Portugal que se regista mais chuva, neve, granizo e orvalho em todo o território nacional, o que se deve ao facto de a serra da Estrela ser o ponto de maior altitude no continente, com 1993 metros, e onde se observa tão bem a paisagem glaciária, dos quais são exemplos os vales de Unhais e do Zêzere, as 25 lagoas naturais e covões. Como tal, é possível fazer atividades como esqui, motoesqui, trenó e snowboard. Por fazer jus ao clima e origem da serra, o símbolo do Parque é o cristal de gelo.
O carácter especial das zonas mais elevadas da serra e a localização geográfica levam a que haja um isolamento reprodutor da flora e da fauna e espécies únicas.
O parque alberga pequenos répteis e anfíbios, tais como a lagartixa-de-montanha, uma espécie endémica. Avistam-se, também, aves e mamíferos, tais como o lobo, javali, lontra, raposa, a geneta e o coelho-bravo-europeu.
Podem-se encontrar a pastar rebanhos de ovelhas, guardados pelos cães de raça serra-da-estrela, resistentes ao frio e enormes. Das ovelhas, origina-se o produto mais bem-amado da região, o queijo da serra.
É fabricado segundo métodos artesanais, que usam a flor de cardo como coalho.
