A Jornada Mundial das Crianças, que se realizou no Vaticano nos dias 25 e 26 de maio, afirmou que o mundo seria certamente um lugar melhor se todos vivêssemos ao ritmo e à maneira das crianças. Ressoou a certeza de que as crianças terão de ter uma palavra a dizer na construção de um mundo novo e os adultos terão obrigatoriamente de as ouvir.
Uma criança perguntou ao Papa Francisco, se se ele pudesse fazer um milagre, qual seria? O papa respondeu-lhe: que todas as crianças tenham o necessário para viver, comer, brincar, ir à escola. «Este é o milagre que eu gostaria de fazer», disse Francisco.
O grande milagre de que todos necessitamos é a construção de um mundo novo, onde todos, todos, todos, tenham direito a serem e a viverem felizes e onde todos, todos, todos, se comprometam com esse milagre.
O professor Abel Dias com algumas das crianças de Portugal
O poder das crianças num mundo novo
«Eis que faço novas todas as coisas» foi o lema bíblico escolhido pelo Papa Francisco para a primeira Jornada Mundial das Crianças. Foi uma jornada para celebrar a paz e a fraternidade, caminhos capazes de iluminar o mundo com esperança na construção de um tão desejado mundo novo.
Nas palavras de abertura da jornada, o cardeal José Tolentino de Mendonça afirmou que as crianças são «mestres na arte da amizade, do abraço, do perdão, da convivência fraterna, da alegria simples, da aceitação das diferenças como um bem e não como uma ameaça, da fé vivida de forma vibrante e natural. De todas estas artes indispensáveis sois mestres, e todos temos algo a aprender convosco!»
Realmente, podemos aprender muito com as crianças pois são estes valores universais da amizade, do perdão, da fraternidade e da alegria que necessitamos para a construção de um mundo novo.
O professor Abel Dias com membros do grupo infantojuvenil da paróquia de Abraveses, diocese de Viseu, que tiveram a graça de poderem participar e representar Portugal na Jornada Mundial das Crianças
A voz das crianças
O Papa Francisco disse às crianças que nelas tudo fala de vida e do futuro, e que a Igreja, que é mãe, deve acolhê-las e acompanhá-las com ternura e esperança. O papa confessou que traz diariamente estas realidades no seu coração e pediu a oração por todas as crianças que não podem ir à escola, pelas que sofrem com guerra, pelas crianças que não têm que comer, pelas crianças que estão doentes e por todas aquelas crianças abandonadas e que ninguém cuida delas.
Abel Dias