No Bangladesh a Igreja Católica está na linha de frente com suas estruturas, equipas e voluntários para tratar os doentes de covid-19 e atender a população mais vulnerável. (Foto: 123RF)
No Bangladesh os cristãos são uma pequena minoria, aproximadamente 0,5% da população que totaliza 160 milhões de pessoas. Num país de maioria muçulmana, os cristãos distinguem-se pela sua presença activa nos campos da educação, saúde e assistência social. Agora, no contexto da pandemia, também dão uma contribuição vital na luta contra a covid-19.
Desde os primeiros contágios no país, no início de Março, a Igreja Católica, juntamente com as Igrejas Anglicana e Protestante, está na linha de frente com suas estruturas, equipas e voluntários para tratar os doentes e atender a população.
No Bangladesh, existem 20 hospitais, aos quais se somam cerca de setenta clínicas católicas, 280 médicos e 4 mil enfermeiras e enfermeiros cristãos, quase todos envolvidos nesta emergência de saúde, mas não só, como explica à Agência Uca News Edward Pallab Rozario, vice-presidente da Associação Nacional de Médicos Cristãos de Bangladesh: "Há médicos cristãos que estão a oferecer serviços online nos telemóveis e também dão apoio psicológico aos pacientes".
No entanto, a ajuda não se limita apenas aos cuidados de saúde. As comunidades cristãs estão empenhadas no apoio às pessoas mais vulneráveis do país. Na linha de frente desta ajuda encontra-se a Cáritas Bangladesh, que distribuiu dinheiro, alimentos e ajuda médica para 44 mil famílias. “Estamos a prestar apoio aos pobres, aos necessitados e aos mais afetados, independentemente de casta, credo e género, usando os financiamentos para projetos existentes e os generosos fundos oferecidos por nossos doadores. Também as escolas e faculdades católicas doaram dinheiro para apoiar as nossas iniciativas", explica Francis Rozario, director executivo adjunto da organização de caridade católica.
O Bangladesh registou os primeiros casos de covid-19 no dia 8 de março. Desde então, o vírus infectou 249 651 pessoas e causou a morte de 3306 (dados da Universidade Johns Hopkins, 7 de Agosto).