Este 12 de Junho celebra-se o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, este ano sob o lema «Justiça social para todos. Acabe com o trabalho infantil!». Um tema que lembra a comunidade internacional sobre a necessidade de adoptar políticas que acabem com este flagelo, pois mais de 160 milhões de crianças em todo o mundo são vítimas de trabalho infantil, segundo a estimativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em acordo com estas cifras está a Organização Internacional do Trabalho, ao denunciar que mais de 20 em cada 100 crianças entram no mercado de trabalho por volta dos 15 anos.
A ONU afirma que a «experiência conjunta no combate ao trabalho infantil ao longo das últimas três décadas demonstrou que o trabalho infantil pode ser eliminado, se as causas profundas forem abordadas».
É no continente africano que a percentagem é maior, estimando-se que sejam vítimas de trabalho infantil mais de 72 milhões crianças.
«As regiões da África e da Ásia e do Pacífico juntas respondem por quase nove em cada dez crianças em situação de trabalho infantil em todo o mundo. (...) Em termos de incidência, cinco por cento das crianças estão em situação de trabalho infantil nas Américas, quatro por cento na Europa e Ásia Central e três por cento nos Estados Árabes.»
Perante esta situação, a Organização Internacional do Trabalho defende a criação de uma Coaligação Global por Justiça Social, tendo como prioridade a eliminação do trabalho infantil. O Gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas ressalta que, a nível global, 50 milhões de pessoas ainda trabalham em formas semelhantes à escravidão.
O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil foi criado pela Organização Internacional do Trabalho - que integra a Organização das Nações Unidas – em 2002 e visa alertar para a realidade de milhares de crianças que são obrigadas a trabalhar.