“Foi uma peregrinação de renovação na fé e na missão. Em cada lugar, uma mensagem”, resumiu o padre Carlos Nunes, que participou na peregrinação e nos enviou o seu relato.
De 10 a 31 de maio, 24 membros da Família Comboniana estiveram em peregrinação na Terra Santa.
“Percorremos os caminhos de Jesus em peregrinação de fé e missão. Estivemos nos «lugares santos», onde tudo começou”, refere o padre Carlos Nunes.
“A nossa missão também começou aqui e para aqui retorna”, recorda o missionário comboniano, uma ideia expressa por Daniel Comboni, que se referia à sua inesperada peregrinação à Terra Santa, há mais de 125 anos, quando estava a caminho da África.
“Também para mim foi uma experiência única, significativa, emocionante e decisiva”, reforça o missionário comboniano, que em breve retorna para a missão na Zâmbia – onde já viveu durante 16 anos.
“Percorrendo os caminhos de Jesus, Maria e José, palmilhando e meditando, foi fonte de fé e confiança no meu caminho missionário. Ali senti tudo de maneira diferente. Tudo ganha novo sentido. Por ali, debaixo daquele céu, naqueles caminhos e montanhas, no lago e no mar por onde passou Jesus, com Maria e José, a família de Nazaré”, escreve.
O padre Carlos refere que é também a terra dos discípulos e apóstolos: “Onde eles viveram, conversaram, trabalharam…Terra por onde passaram tantos santos e cristãos”.
“É uma emoção profunda poder sentir e dizer: aqui, hoje, estou onde Jesus esteve”.
“Foi uma peregrinação de renovação na fé e na missão. Em cada lugar, uma mensagem. Em todos os lugares o sentido que dá sentido à minha vida. O Tabor, Monte das Bem-aventuranças, o poço de Jacob e da Samaritana, para não falar do Calvário e do Santo Sepulcro, foram lugares que tocaram profundamente o meu coração, a minha mente e os meus sentimentos. São lugares da minha fé e da minha missão”, explica o comboniano.
O padre Carlos revela que ao procurar o sentido e o significado maior da peregrinação, encontrou-o na gruta da anunciação, na Basílica de Nazaré.
“Ali senti a Mãe, Jesus e Nazaré. Ali passei horas e horas durante os quatro dias que lá estivemos. Marquei-o como o «lugar da minha peregrinação». Rezei muitas Ave-Marias e terços, um dos quais acompanhando a comunidade paroquial a rezar em Árabe. Descobri que a Ave-Maria em Português tem o mesmo ritmo daquela em Árabe”, assinala.
P. Carlos Nunes, mccj